Clube do Filme : A Menina que Roubava Livros



Falaaa aê! Aqui é o amigo Urso e no clube do filme de hoje venho trazer uma adaptação da obra homônima de Marcus Zusak, Abro aspas para o autor que me emocionou com seu livro “Eu sou o mensageiro”, assim como a Menina que roubava livros, filme que falo hoje. Quero deixar bem claro, ele soube, porém Brian Percival, diretor do longa estrelado por Sophie Nélisse, não trouxe consigo a bagagem de sentimentos necessários para me fazer emocionar durante boa parte do filme. Calma, antes de me fuzilar vamos ao ritual jovem, prepara aquele queijo derretido, coloca a garrafa de um litro de coca cola do lado, sem copo, alguns amendoins para acompanhar e claro, aquela pipoquinha, não se esqueça de sentar no sofá e boa análise.
Quem já leu o livro terá uma visão totalmente diferente de quem ainda não leu, pois o livro é extenso e muito detalhista, fazendo com que duas horas e meia não fossem necessárias para passar toda a história, e já começamos com um ponto negativo, pois o livro soube levar o leitor ao ponto máximo da emoção, com sensibilidade e leveza. Já o filme até teve momentos que levaram o publico a levantar o lenço, mas não passou disso. Claro que isso não tem ligação nenhuma com a atuação dos atores, pelo contrário, acho que muitos deles salvaram boa parte do filme, principalmente a atriz que interpretou Liesel.



Para quem não conhece muito a história de Hitler, farei um breve resumo sobre sua Fama e ligação com o filme: Hitler era líder dos Nazistas e tinha um pensamento em mente, suprimir o comunismo, o sindicalismo e exterminar a raça judaica. Ele foi um cara ousado e criou seu exército de soldados fieis ao seu propósito, invadindo a Polônia o que precipitou a segunda Guerra Mundial. Hitler meu caro jovem, conduziu um dos maiores massacres da história, que foi o holocausto, onde morreram praticamente 6 milhões de Judeus. É Gafanhoto, Hitler era um cara muito mal sim, e filme sobre ele já vimos vários por aí. Em A menina que roubava Livros, conhecemos a história de Liesel, uma jovem filha de comunista que também sofreu com o regime Alemão.
O filme como no livro é narrado pela morte, que leva de Liesel seu irmão mais novo. É aí que entendemos o porquê a morte narra o longa, pois durante o enterro de seu irmão o coveiro deixa cair um livro, começando ali sua saga como ladra de livros. Uma família a adota em troca de dinheiro e Liesel conhece Rudy, personagem que a tira do seu mundinho travado, e se torna seu melhor amigo, além de seus pais adotivos, compostos por uma mãe inicialmente dura e forte que ao longo do filme se mostra sensível e amiga, e um pai quase que irmão, que ajuda a menina a levar uma vida um pouco menos a sério. Liesel compreendi ali o verdadeiro valor de uma amizade, porém isso se reforça quando Max, o Judeu foragido, chega a sua casa. Seu pai adotivo não vê outra forma a não ser aceitá-lo, e o esconde no porão.
As apresentações dos personagens são um problema para quem nunca leu o livro, pois ela é feita de forma rápida e sem muito cuidado. E isso é um gancho para a falta de sentimento, Ao final, o filme pode emocionar muitas pessoas, mas não por tocar realmente o espectador e sim por oferecer um drama meio que condicionado, é aquela emoção fast food, mata a vontade, mas não alimenta bem. Como não sofrer com crianças em meio a Segunda Guerra, descobrindo a fome e a perda?
Neste sentido, A Menina que Roubava Livros lembra produções como O Menino do Pijama Listrado e O Caçador de Pipas, outras adaptações de sucessos da literatura que não conseguiram transportar para as telas a emoção presente no texto.



A direção de arte e os figurinos são bonitos, mas no geral o cenário é bem artificial. Não há aquela sensação de urgência e tensão que vemos em obras como O Pianista e A Lista de Schindler. A artificialidade é reforçada ainda por aquele velho problema hollywoodiano de alemães falando em inglês ou, pior, inglês com sotaque alemão. É tudo tão limpo e tão preciso, que incomoda. Ainda mais em um filme de guerra, cuja presença militar só ganha maior destaque ao final do filme. Realmente eu senti uma ausência do militarismo, tendo em vista acontecer no auge da segunda guerra.
Bem, se você é fã do livro, é possível que aprecie o longa por já se identificar com o personagens. Mas também é bem provável que se incomode com o quão limpinho e bonitinho é a produção. Uma obra nada marcante, que pode agradar, mas que não ficará na cabeça.

Um comentário:

  1. Li o livro e amei, agora estou louca para ver o filme. Estava com medo, pois não gosto muito de adaptações, ma pela sua resenha, vou correndo para o cinema rs.

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