Hoje no almoço fiquei tentando entender o que é a vida. Isso é filosofar demais e dá margem para milhares de indagações, principalmente sobre o que é certo e errado, se os caminhos estão de acordo com o esperado ou não. Suponhamos que você queira formar uma famÃlia, ter filhos, morar numa casa com piscina, churrasqueira e um cachorro Labrador, fantástico não? Na verdade quem sabe? Não para o grafiteiro que leva a vida desenhando muros urbanos que sonha em ir para Nova York abrir um estúdio de grafite e artes. Ele não pensa em ter filhos, acredite que Deus não existe e busca explicações sobre a vida no Google. Tem um desejo de transar com 10 mulheres ao mesmo tempo e pretende morrer pulando de asa delta, mas que seja na quinquagésima tentativa.
Percebeu a diferença entre sonhos, desejos e ambições? Isso é o que faz a vida ser tão particular. Mas porque sofremos tanto quando não damos certo em algo?
Não estou aqui pra entrar nesse mérito, e sim para declarar que a vida é uma variável constante. Que independe de você existir ou não, ela está aÃ, muitas vezes nos pequenos detalhes. Nos preocupamos demais em sermos grandes quando ser pequeno é o bastante para cada um de nós. Como o cara que vi hoje com o seu cão, vendedor de flores. O cão parecia feliz, o cara também. Ele sentado numa cadeira de madeira e o cão no chão. O cão havia acabado de beber água, ainda lambia os beiços como se a água estivesse gostosa, mesmo que ao fundo do pote se via o lodo. Ali eu entendi que a vida é aquilo que acontece naquele momento e essa é a coisa mais importante que precisamos saber. Que a vida é a tatuagem no braço do rapaz, o brinco na orelha da menina, a caça caindo do DJ, os olhos azuis da Vovó, a pele enrugada do jovem pela queimadura, cada tecla desse teclado, as palavras que se formam, a 1ª vez dos jovens apaixonados, a briga do casal, a união, a guerra, o pecado, o amor de mãe, os ensinamentos do pai ao seu filho, a escola, a saia justa, o sapato branco, o vestido de seda, o cabelo Black ou escorrido pelo rosto, as feições de cada ser humano, o nariz grande, a unha feita, o terno social e a gravata...
São tantas coisas que nos demonstram a vida em particular que a morte faz até sentido. Não é um pensamento suicida, devemos mesmo é aproveitar a vida, porém se o nosso destino está traçado as diferenças, porque pensar que a nossa vida está errada, é muito mais fácil pensar que a nossa vida é diferente, mesmo que nossos desejos sejam iguais. Isso faz você entender porque não nasceu um idealista como Nelson Mandela, ou tão pouco um lÃder carrasco e diabólico igual ao Hitler.
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