Foi sem nada pra fazer
Que esse samba eu fiz
Costela com agrião, cerveja gelada em um dia feliz.
Tudo espalhado no chão, minha nega bolada, migalhas de amendoim.
Foi sem nada pra fazer
Que esse samba eu fiz.
Eu já não tenho descanso, quem dera uma rede pro meu jeito brando.
Falei pra minha nega Judite que minha artrite está me matando.
A nega ficou saturada, bolada tratou de pedir o divórcio.
Reclamou da minha barriga dizendo que eu só vivo no ócio
Malandro que manda na casa, respondi com os pés no sofá:
Não existe trabalho ruim, ruim é ter que trabalhar.
Foi sem nada pra fazer
Que esse samba eu fiz
Galinha com quiabo, meu filho do lado brincando com giz.
O chão todo rabiscado, cachorro amuado, na rádio um samba de raiz.
Foi sem nada pra fazer
Que esse samba eu fiz.
Me disseram que a preguiça é a mãe dos delinquentes
Quem tem preguiça nas pernas, ganha ferrugem nos dentes.
Eu até tentei um emprego que durou um mês
Mas olha me diga quem pode, acordar todo dia às seis…?
“Esse presente dos Deuses” cantavam os nossos poetas,
Me deixe no meu canto que eu… não quero ser atleta.
Foi sem nada pra fazer
Que esse samba eu fiz
Bobó de camarão, na televisão passistas mexendo os quadris.
Nega Judite em prantos me taca o tamanco no qual escapei por um triz
Foi sem nada pra fazer
Que um samba eu fiz.
Coro:
Eu fiz esse samba aiá… Eu fiz esse samba oiá…
Eu fiz esse samba aiá… Esse samba eu fiz…
Foi sem nada pra fazer, Que um samba eu fiz.
Adorei essa letra!!!
ResponderExcluirCara, Judite foi tudo de bom!!!
Quero conhecer a melodia, hein.Essa é mais uma que eu quero ouvir.
Caro Hardy, o samba é muito bom !!!!
ResponderExcluirPresenciei esse feito.
Ele tem talento !!!