No quintal de Brigitt Bardot


Sempre acreditei que o trabalho enobrece o homem. Que todo ser humano deve estar em sintonia com os três pilares que muitos pensadores constatavam, são elas: Família, trabalho e Lazer.
Mas é difícil em meio a essa selva de pedras alguém conseguir balancear o tempo disponível para cada pilar. Muitas das vezes o trabalho é o que mais nos consome, e por esse motivo, venho postar minha aventura longe das passarelas urbanas e dos calçadões de pés apressados. É como se eu quisesse beber um copo d'água mas para isso eu precisasse parar tudo o que eu vinha fazendo, pois essa água só viria de uma fonte distante. Isso foi Búzios, nada mais nada menos do que minha sede matada. Pela busca da tranquilidade, do distanciamento, assim como a perda do tempo, deixado de lado, funcionando por um relógio que mal girava seus ponteiros.
E eu me senti útil. A cada 1km a menos eu enchia meu peito de alegria e minha boca de sorriso. Nada era superável aquilo. Eu deixava a forte iluminação da grande cidade para entrar no escuro de minha imaginação, acreditando que Búzios seria recheado de encantos e beleza.
E era exatamente igual ao que eu imaginei. Quando cheguei à meia noite e um, de sábado, já pude perceber o quanto se diferenciava dos detalhes do Rio. As ruas, as pessoas, a espontaneidade do local, tudo era tão diferente, mas não diferente nos meus sonhos que eu tanto buscava. Ouvi por várias vezes que este local era o recanto da beleza e da claridade das ideias, onde os pescadores buscavam seu sustento nas águas cristalinas. "Esse lugar não era para ser nosso" - disse um senhor sentado ao lado da estátua de Brigitt Bardot, a mulher francesa que viera para buscar tranquilidade nas Armações de Búzios. Ouvi falar pouco dela, depois de uma busca ao oráculo da internet, percebi o quanto importante foi essa atriz e o quanto ela contribuiu para o espetáculo que hoje é Búzios.
Mas não mais do que Deus.
O velho homem continuou a informar sobre esta terra tão abençoada e que por pouco não foi nossa. Com a separação dos continentes, o sul do africano, levamos a maior com uma larga escala de vantagem. Ou seja, Búzios não era para ser nosso e sim dos africanos, mas Deus foi generoso. A quem diga que Ele é Brasileiro. Eu tenho que concordar.
Passeei pelas ruas das pedras, conheci praias lindíssimas e deixo minha emoção pela praia da ferradurinha, um lugar encantador e único. Infelizmente não consegui tirar foto do local, pois não havia bateria e nem se vendia por perto, mas logo esqueci desse fato ao comer um peixe saboroso na barraca onde se via de longe a bandeira do Flamengo estampada. Pensei - "É aqui o meu lugar."
E o lugar era a praia de Geribá. Recanto dos surfistas e da pegação. Retiro-me da ultima palavra. Minha fidelidade não me permite atravessar o mar e conquistar outros continentes. Me delicio mesmo é com a barraca do Romário, situado ao meio da praia da tartaruga, um lugar caro, mas espetacular. Fui tão bem recebido que quando cheguei no Rio, o Carisma dos cariocas passou a ser mera simpatia fracassada. Búzios é um lugar tão aconchegante e tão carismático, que parece que eles roubaram nossa simpatia. Lá eu me senti em casa, e sinceramente meu caro Leitor, pretendo voltar cedo-cedo.
Mas melhor do que palavras, são fotos. Abraços do Amigo Urso.







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