Faaala aê! Aqui é o Amigo Urso e no Clube do filme de hoje temos o filme brasileiro estrelado por Leandro Hassum, o filme se chama “Até que a sorte os separe 2” um seqüência clonada do primeiro longa metragem. Calma Jovem, não começa a me bombardear só pelo meu primeiro comentário. Antes de mais nada, pede pra sua mãe preparar aquele pão com mortadela bem caprichado com um copo de 500ml de coca-cola, prepara a pipoca de sobremesa e vem com o tio.
O filme lança um questionamento interessante, mas já passado, sobre o que você faria se ganhasse uma bolada, tipo 50 milhões? Não parece mais muita gente já perdeu dinheiro jovem, porque não tinha a menor noção do que fazer com ele, daí compra-se um carrão aqui, gastasse com mulheres ali, faz presença pros amigos de infância, viagem pelo mundo todo, enfim... a vida é uma só e temos sim que aproveitar tudo de melhor sempre, porém dinheiro não é tudo e quando existem filhos na jogada, temos que pensar melhor sobre como vamos administrar essa grana, aí foi a dica!
O filme na verdade tinha um objetivo muito claro: investir pesado no carisma e na popularidade de Leandro Hassum. É jovem, até que deu certo. O filme foi visto por mais de 3,5 milhões de pessoas, o que garantiu o lançamento de uma seqüência pouco mais de um ano depois. Meu avô sempre dizia, time que está ganhando não se mexe. Maaaaas, trouxe exatamente a mesma fórmula do original – para a tristeza daqueles que apreciam o bom cinema.
Os problemas começam logo nos minutos iniciais. Após uma abertura mostrando o álbum de retratos da família de Tino ao longo dos anos, eis que seus integrantes surgem na casa onde moram. Detalhe: o rosto de Jane é intencionalmente cortado pela câmera, de forma grosseira mesmo. Tudo para que Hassum possa fazer uma piada sem graça sobre a troca de intérpretes da personagem (Camila Morgado substituiu Danielle Winits, que não conseguiu ser liberada das gravações de Amor à Vida para participar das filmagens). Só tem um problema Jovem... O álbum de retratos já havia mostrado a atriz em diversas fotos. Ou seja, o próprio filme boicota a brincadeira que propõe ao público, revelando de antemão quem é a nova Jane! É fazer o público de bobo... só pode.
Mas não fica dando saltinhos de felicidade não Gafanhoto! Pois esta é apenas a primeira de uma longa lista de piadas infames... Assim como no primeiro, Até que a Sorte nos Separe 2 vive de cenas engraçadinhas feitas por Hassum, quase sempre explorando sua habilidade com o humor físico – e, em certos casos, apelando para o grotesco. A novidade é que, com Tino e sua galera em Las Vegas, há uma série de trocadilhos relacionados com a língua inglesa e celebridades americanas. Indo neste caminho, é constrangedora a sequência em que Tino entra no cassino de alto nível e passa a brincar com os convidados. Gente como Johnny Depp, Oprah Winfrey, Sylvester Stallone – não os verdadeiros, é claro, mas sósias. E o mesmo ocorre em brincadeiras com ícones tipicamente americanos, como a estrada 66 e a própria fama de Las Vegas.
Entretanto, por mais que o filme seja repleto de piadas fraquíssimas e traga uma história basicamente idêntica à do anterior, o que mais espanta no filme é a falta de capricho na produção. Não no sentido de exigir algo muito elaborado, mas sim o básico de uma produção minimamente bem feita. Há cenas de (suposto) tiroteio onde é possível notar que os figurantes simplesmente ignoram o que está acontecendo em cena, aumentando ainda mais a sensação tosquiçe. O próprio roteiro “brinca” com estas falhas na cena em que Tino e Amauri (interpretado por Kiko Mascarenhas) são presos dentro de um armazém, questionando o que faz uma ave dentro de um local fechado. É o tipo de piada autorreferente que, ao invés de fazer rir, aumenta ainda mais o constrangimento diante de uma produção capenga.
Além disto, o filme passa ainda por uma questão conceitual: por que Tino e Jane não levaram o filho mais novo para Las Vegas? A criança simplesmente é entregue para a avó, numa desculpa esfarrapada para que Leandro Hassum possa se vestir de mulher e interpretar a sua própria mãe em cena. O roteiro sequer se preocupa em dar uma justificativa para deixá-lo lá, por mais ridícula que ela possa ser. Só me deu a sensação de que o objetivo era reprisar a família de apenas quatro integrantes.
Diante disto, Até que a Sorte Nos Separe 2 apenas pode agradar a quem fechar os olhos diante de tantos problemas. O destaque é a breve participação de Jerry Lewis, que nem chega a ser engraçada, pois me parece que Hassum se descuidou pelo nervosismo por estar ao lado do comediante, e fracassou em cena, assim como Camila Morgado que caiu de paraquedas num filme que ainda tem como marca a Atriz Danielle. Há cenas que eram para se tornar marcantes com clima de emoção, porém Morgado se limitou a tirar alguns risinhos do público. EEEEEE... nada mais. Já Anderson Silva... bom, ele simplesmente é Anderson Silva em cena e ponto final, sua atuação me faz querer ver no ringue, pois se não fosse o fato de o filme se passar em lãs Vegas, certamente sua participação jamais seria vista. Se vale a pena ou não a sequencia do filme, não importa tanto, pois o lucro é considerável e o terceiro acredito eu, não irá demorar assim.
Aqui é o Amigo Urso, não esqueça de favoritar, de curtir e de compartilhar, ok Jovens!?
Tudo de bom, usem filtro solar eeeee... passar bem. Tchau!
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