Eu estava indo pra casa depois de um dia cansativo quando me bateu uma vontade de escrever um livro. Eu sabia o quanto era difícil pois eu já havia tentado sem muita sorte, e a minha primeira tentativa se resumia a um romance sobre dois jovens apaixonados que resolvem se casar. O rapaz pede a mão da namorada em casamento no mesmo bar onde se encontraram pela primeira vez, ela aceita, eles curtem a noite, saem do bar e ela morre. Pois é, Eu sei o quanto é trágico. Mas histórias assim mexem com as pessoas e eu vivia um momento em que não acreditava no amor, não entendia certos tipos de coisas e filosofava sobre tudo. Numa historia como essa não existe final feliz, mesmo que se vingue. Mesmo que se mate o desgraçado que fez aquilo, ninguém vai sair bem dessa. A personagem do livro se chamava Virginia, no livro ela morre por alguém que não revelo, numa tentativa de assalto. A sede de vingança do namorado é o ápice de toda a história, onde personagens como uma cartomante, um inimigo de faculdade, uma família compõem uma trama complicada de ser compreendida, tão complicada que eu parei de escrever. Talvez não seja por isso, quem sabe. Talvez minha vida tenha mudado e historias como essa não me enchem mais os olhos. As pessoas cansam do que fazem às vezes. E eu cansei.
A partir daí pensei em como criar textos motivacionais, eu tinha um blog que era pouco acessado, na mesma época em que escrevia o romance, e as únicas coisas que se podiam ler nele eram textos cheios de lagrimas. Hoje meu blog foi totalmente reformulado, e quem entra reconhece a diferença. Eu apenas posto sobre diversas coisas, não tenho um tema especifico, e quando me perguntam por que eu tenho um blog eu lhes devolvo: porque vocês pensam em viajar e conhecer outros lugares?
Escrever-me da essa possibilidade, é quase um sonho de consumo, sem custo nenhum. Eu viajo em cada letra, em cada nova ideia. Eu sinto a caneta transbordando. Como se a tinta tivesse pressa em revelar algo. Tenho crônicas em que não acredito que fui eu que escrevi. E algo tão fascinante. Parece que alguém pega minha mão e escreve com toda a sua sabedoria. Não se trata de egocentrismo, nem tão pouco desacredito no meu potencial. Não é nenhum, nem outro. Trata-se de encantamento. É o mesmo que fazer um filho perfeito, e você fica abismado em como pode fazer algo tão maravilhoso, pequenino e saudável. Eu ainda não tive essa sorte, enquanto isso vou me deliciando na literatura.
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