Aprendi e Descobri

Aprendi que posso ser Fênix a quantidade de vezes que for necessária. Aprendi que se pode aprender muito mais com Shakespeare do que imaginamos. Que através dos livros podemos descobrir muito sobre nós mesmos – e como existem livros que nos trazem a ideia de que o autor escreveu especificamente pensando em nós.

Aprendi que existe ano em que sua vida é divida em duas partes. Uma boa e uma ruim. Uma em que não se pensa e a outra em que tudo se avalia. Descobri que trabalhar e não se divertir dá gastrite. E que ficar em casa final de semana não é tão ruim como parece. Descobri que juntar dinheiro requer força de vontade e perda de amigos.

Descobri que quando se está sozinho, se está sozinho. E que seus pensamentos muita das vezes não vão de encontro com a realidade.

Descobri que uma mulher pode ser presidente de um país. E que um palhaço pode receber um milhão de votos por protesto.

Aprendi que não se deve ser bonzinho demais e que ser experto nem sempre é ser inteligente. Descobri que namorar é uma luta e que ficar sozinho é ter plano de comprar dois garfos quando só se tem uma boca. Descobri que a vida é uma metáfora. Aprendi que o medo é conseqüência dos covardes e que a fé nem sempre é fortificada com o tempo, que em alguns momentos você cai, perde a confiança, mas que Deus não o abandona por isso.

Descobri num final de página de um livro qualquer que não posso ser o mensageiro e sim a mensagem. Descobri que o esforço é vital e que o estudo é algo que ninguém lhe tira. Descobri que amigos se vão se você não procurar por eles e que o sentimento de culpa não significa que seja o culpado. Aprendi como descobri que pessoas que acreditava serem boas, são ruins. E que pessoas ruins nada mais fazem do que serem maldosas com elas mesmas. Descobri tanta coisa em um ano que passei a avaliar a palavra “crescer” como algo importante em minha jornada e que nunca se deve estar por satisfeito. Aprendi que os sábios são aqueles que se encontram fora de alcance. E que tolos são aqueles que escutam tudo e não absorvem nada.

Aprendi que ser questionador nem sempre é bom, e que discussão é retrogrado. Aprendi também que o espirro é algo muito mais complexo e que não se deve esperar que ninguém lhe deseje saúde, você mesmo pode fazer isso.

Descobri que se você não se ama, ninguém o amará. Que fazer trilha com amigos é saborear a vida ao extremo e que a natureza é justa e adorável. Descobri também que não há nada mais magnífico do que um pôr do sol e que não existiria depressão se todos pudessem apreciá-lo. Descobri que o amor é de longe o sentimento mais importante do mundo, pois o sentimento mais importante do mundo é a compaixão. Digo isso porque descobri que o amor muitas das vezes carrega consigo o ódio, a inveja, a extremidade, o irracional e isso sem deixar de ser amor. Já a compaixão é devoção, é amor sem correntes presas nele. Aprendi que existe amor sem compaixão, mas não existe compaixão sem amor.

Descobri nas histórias dos outros, erros dos quais acabei cometendo nas minhas. Aprendi que não posso somar na vida de alguém se antes não somei na minha. Que escrever liberta todo o tipo de angustia!
Em um ano descobri falsidades e aprendi que aqueles dos quais considerava falsos, foram os únicos leais comigo. Aprendi que as coisas boas da vida estão na simplicidade, e que ser simples não é sinônimo de pobreza mas de caráter.

Aprendi;

E quero aprender mais.

Descobri;

E sei que preciso descobrir mais.

Já que a vida é curta e os anos passam rápidos, a única coisa que não podemos fazer é sentar e apenas ver o trem passar.