Prato sujo na pia

Só vou olhar para trás quando eu sentir que o que deixei irá fazer alguma diferença para o meu futuro, pois, fora isso, não me restará dúvidas de que o meu passado foi nada mais do que um prato sujo jogado na pia. Pronto para ser lavado.

Talvez requeira pratica, talvez seja praticado. O que eu espero disso tudo é que eu não sofra as conseqüências dos meus atos. Preciso de benção. Quero estar longe da angustia de um domingo chuvoso.

Será possível?

São projeções, são metas, são objetivos que pretendo alcançar. E quanto mais o tempo se passa, ouço em meus ouvidos que sou um lixo de 80 quilos. Não sou bom em ciências exatas, mas é exatamente sobre isso que eu queria falar. Se me julgam um bandido inadequado que rouba o lugar de outras criaturas prontas para a guerra, quem há de negar que não existam os ladrões de meu trono.

Enquanto isso vou fazendo a parte dos outros, com os seguintes pensamentos:

Sou um lixo de 80 quilos.

Sou mais divertido do que você possa imaginar.

Vou sempre bater na mesma tecla.

Sabe… não que eu seja um derrotado, pois sei o meu lugar, sei aonde posso chegar, mas porque vocês tornam as coisas muito mais difíceis?

Uma voz me diz: Mas quem disse que seria fácil?

É esse texto de frases picotadas que juntas não fazem sentido nenhum que me dão a sensação de estar perdendo meus poderes, estou perdendo aquilo que sei fazer de melhor. E quando eu atingir meu ponto máximo, não terei mais nada pra fazer, pois se nem como amador tenho a capacidade de me superar, sendo assim, nada além consigo enxergar, a não ser meu fiasco criando um motivo de risada para meus inimigos.

É só mais um texto ruim, confesso.

É só mais uma introdução de lingüiça.

É só o meu blog.

Tenho motivos para acreditar que ele, de certa forma, fará passos de meu passado tão, tão distante, tornando-se apenas mais um prato sujo na pia. Quando isso acontecer, não terei mais trono, não farei mais jus à razão de minha existência.

Se eu tivesse sabão o suficiente e minhas idéias não permanecessem sujas e secas, talvez não começasse com essa mania de contagem regressiva.

Admito já morrer de saudades de meu querido blog solitário.

Quando eu morrer não sofra.

Nem fique mais velho e mais triste.

Pense nas coisas boas que eu deixei,

Que o coração com o tempo resiste.

Um grande abraço do amigo Urso.