UM QUARTO DE ½ SÉCULO

Hoje tenho um quarto de um século de idade. E são nessas datas meio que arredondadas que paro e penso no que produzi, no que construir e no que vou fazer daqui pra frente. Se tratando de passado, considero meio fácil avaliar o todo, pois é só somar os desgostos com as burradas da vida e subtrair pelas poucas alegrias e pelos poucos conselhos que deram certos. O resultado a cada ano nunca me foi favorável, mas quando obtenho 25 anos contados pelo sistema de traços, que no fim me revela um código de barras curto demais, vejo que não fui derrotado como a cada contagem anual me pareceu. É meio que um cálculo de Juros Simples e Juros Compostos. Se observarmos o gráfico obtido no final de cada conta, repararemos que em certo momento os juros se cruzam. Fazendo uma analogia a vida, pude reparar que em nossos caminhos existem as famosas trilhas que se cruzam. Nessa hora, fica a escolha. Nada mais. Você tem a opção de acordar de manhã e ir trabalhar ou simplesmente ficar deitado e correr a chance de perder o emprego. Mas isso é um risco que talvez você esteja disposto a correr. Cabe a cada um. Até certo ponto os Juros Simples são as melhores opções quando estamos pra avaliar uma negociação de um empréstimo, eu disse até certo ponto. Muitos de nós não conseguimos enxergar que em longo prazo os Juros Compostos passa a ser a melhor maneira de não pagar muito além do que o capital inicial.
A vida também é assim.
Quantas vezes você não se perguntou qual a melhor opção para que você não sofresse tanto com aquele tipo de decisão, muitas das vezes precipitada. Quando estamos diante de uma situação de risco, somos seres imperfeitos que cometemos os atos dos mais infantis até os mais sábios.
Hoje tenho 25 anos. Não me arrisco dizer o quanto terei mais, só sei que viverei intensamente cada segundo. Quem sabe não tão intenso assim, mas o que for necessário para viver.
A vida nos cobra juros. Sabemos que são infindáveis e muitas delas nos causa um efeito nada bom. Como aquele indivíduo que se encontra aprisionado em uma cela qualquer desses presídios infernais. Às vezes por ter roubado um pão, ou um leite. O que o fez não foi o que roubou, nem porque roubou, pois não importa o tamanho do seu roubo e sim o fato de tê-lo feito. Sábios são aqueles que roubam o amor de alguém para dar em troca a forma do mesmo. Estamos mastigando o conhecimento, e isso não é bom. O conhecimento não deve ser devorado, mas lambido como pelo de gato. Sem sabor, sem outras intenções. Somente seco e natural. Assim são nossas ações, algumas de fato irrelevantes.
Pense nisso. Quando estiver sozinho, ou quando mesmo estiver entre amigos – mesmo que não haja amigos para compartilhar, compartilhe com seus inimigos – seja saudável com as palavras e não se sinta velho. Velho é aquele que não se enquadra as novidades, então… seja novo!
25 anos não me dá o direito de te impor minhas opiniões, nem conselhos, de fato, o que eu quero aqui é que pense por si só o valor de minhas palavras. Para os mais intelectos, pode ser a chama que faltava para reacender a vela que ilumina os caminhos, e para os “sangues ruins” pode ser o desastre de um quarto de um século. Ou vice-e-versa.

3 comentários:

  1. Rapaz, estou a 730 dias de completar meio século...

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  2. Opa, valeu pela visita!!!!

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  3. Ranzinza...

    Espero que este apelido não seja sua total personalidade, pois quando chegar aos 50, quantos anos te sobrarás... rsrsrsrs...

    Obrigado por ter postado,

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